terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Pegando carona no cavalo da realeza


Pegando carona no cavalo da realeza

No reduto solitário eu me punha a escrever contos, agora percebo que escrevia toda vez que era infeliz sentia-me só ou em descompasso com o mundo onde me coubera nascer. E pergunto-me se não é sempre assim. Se a arte de nosso tempo não nasce invariavelmente de nosso desajuste, de nossa ansiedade e de nosso descontentamento, uma espécie de tentativa de reconciliação com o universo dessas criaturas frágeis inquietas e aflitas que são os seres humanos eu sempre me perguntei por que escrever? Nunca havia encontrado resposta para a minha pergunta, passar horas escrevendo algo que para muitos pode parecer fácil mais não é nunca foi. Tem sempre alguém debochando do que não conhece nossa língua é um tanto complicada e os erros sempre são muitos, bom eu encontrei uma resposta para a minha pergunta, ganhei um livro de um grande escritor da atualidade, livro do Argentino Ernesto Sabato sobre Heróis e tumbas, então encontrei a resposta porque escrever? Peguei carona no cavalo da realeza bom é isso, e com isso eu abro o terceiro ano do blog, quero agradecer as pessoas que por algum instante nesse mundão de meu Deus passou os olhos em algum texto escrito por mim, que venha 2012 e muitos outros anos de pura arte, pois só a arte salva o ser humano, Eddy fantasia e o seu Tremboo desgovernado desejam de coração um ano repleto de realizações.
Feliz ano novo!
Ed 2011-12-08

Lançado em 1961 e traduzido em vinte idiomas, Sobre heróis e tumbas é um romance magistral em que se cruzam três fios narrativos: a paixão devastadora de Martín por Alejandra, o nascimento traumático de uma nação e a história da Seita Sagrada dos Cegos, casta maléfica de poderes esotéricos e milhões de súditos no mundo todo. Martín tem dezessete anos e pavor das mulheres, até o dia em que conhece Alejandra. Ela é apenas um ano mais velha, porém já nasceu madura, caótica, torturada e tortuosa, louca talvez - como Fernando, que persegue furiosamente a Seita dos Cegos. Um século antes, o general Juan Lavalle, herói da independência argentina, caçou com a mesma fúria o tirano Juan Manuel de Rosas e teve de bater em retirada rumo à Bolívia, para salvar a própria cabeça e os sobreviventes maltrapilhos de sua famosa Legião.