sábado, 16 de abril de 2011

Heterônimos


Heterônimos
Eu me chamo Eddy fantasia ,nasci no dia 28 de julho de 1989 em plena sala de aula aos 12 anos de idade, Lembro-me muito bem desta data. Vocês devem estar se perguntando como alguém nasce aos 12 anos numa sala de aula .
Bom eu respondo. Gente ,eu sou um personagem, o menino que me criou estava muito triste naquela manhã de sexta feira, pois ainda não tinha comido nada, sua barriga até aquele momento roncava de fome, a professora explicava algo de matemática e ele não entendia bulhufas do que ela falava ,o mentor só pensava na merenda. Eis que de - repente ele pegou o seu lápis já meio sem ponta e começou a rabiscar um papel ainda em branco e tudo aquilo foi ganhando a fórmula de um desenho mal feito é claro, mas era um desenho, algo sem sentido. Viu que ele não tinha o menor talento para desenhar, graças aos deuses da literatura naquela manhã eu nasci, a professora que era muito nervosa percebeu que algo se passava com ele, o mentor não prestava a atenção devida na aula, estava totalmente perdido, hiberno, daí ela gritou:
- Cleiton pare já com que está fazendo, me traga esse papel aqui ! Logo ele se levantou assustado com aquele grito, caminhou até ela com a cabeça baixa. Ao se aproximar o mentor tomou uma bronca para toda sala ouvir:
- Já não agüento mais você, todo dia é a mesma coisa, desse jeito não dá menino, está muito ruim em matemática se continuar assim vou te reprovar, será que tenho que chamar sua mãe outra vez na escola? Ande, vá sentar.
Ah como me lembro! Em seguida ela pegou o papel , amassou e jogou na lata de lixo. Sofri um pouco, pois ninguém gosta de ser tratado daquela maneira. Eu era um desenho terrível de mal feito, mas criado com o coração. Por incrível que possa parecer ele não desistiu de mim, esperou o recreio e assim que todos saíram da sala revirou o lixo me pegando de volta, mas a minha vida como desenho não durou muito, logo o mentor me transformou em texto. Tudo por causa do seu irmão mais velho, naquela época sua casa não tinha televisão, e a única diversão possível era ler, aqueles dois liam muito, caminhavam léguas até as bibliotecas, pois lá estavam... Como podemos dizer ...no paraíso.
Lembro-me do primeiro livro que ele leu, era algo terrível, ''Búfalo Bill'' o cara era assassino de animais e de índios, mas o que ele mas gostava de ler era Monteiro Lobato o sítio do pica pau amarelo, daí veio o Tin Tin na lua, por causa disso acabei virando texto.
Quer saber? Eu adoro ser texto e esse nome que ele me deu Eddy veio do cineasta Eddie Wood, esse cara é considerado o pior cineasta do mundo, mas o mentor é apaixonado por seus filmes, pra ele é algo corajoso fazer filmes sem recursos, O amor que Eddie Wood depositava em seus filmes é o que o mentor traz para os seus textos. Ah, já estava esquecendo o sobre nome Fantasia, esse nome é porque Wood adorava se vestir de mulher daí esse fantasia. Pensa que acabou? Nada disto ,ainda tenho algumas coisas pra contar. Um belo dia o mentor cresceu e seus textos também. Daí ele conheceu uma garota especial que até hoje o ajuda a transformar sua arte em realidade, não posso falar o nome dessa garota ela o mataria, mas ele a ama muito, desse amor nasceu seu filho Raphael que pelo jeito quer seguir os passos de seu pai, na escola ele é igualzinho, também gosta de desenhar não escreve ainda, pois está sendo alfabetizado.
Eu sou os sonhos mais profundos do criador, um dia seremos conhecidos por nosso trabalho, estaremos estampados em alguma vitrine de livraria ou até em lugares mais simples como sebos ou banca de revistas, já me vejo um texto importante, já posso sentir as mãos das pessoas, seus olhares, estou sendo folheado, que maravilha!
-Pare de sonhar desta maneira Fantasia, a realidade do Brasil é outra.
-Cleiton ,você estava o tempo todo ai?
-Claro, estava escutando suas sandices, mas agora chega. Tenho que dormir.
-Que pena! Então tá, boa noite criador.
-Boa noite Eddy Fantasia.
- Cleiton?
- Que foi fantasia?
- Parabéns pelos dois anos do blog
- Obrigado fantasia.
Ed. 2011-04-16

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Prima de satanás e irmã da humanidade.



PRIRMÃ
Prima de satanás e irmã da humanidade.

Vejam os senhores como o universo metafísico brinca com as suas criaturas humanas decidindo sem nenhum tipo de consulta. Nem querem opinião, todo esse drama se passa em um tempo verdadeiramente longínquo, incompreensível para o ser comum. Talvez haja levado milhões de anos ou um dia para acontecer o que realmente importa é que assim que foi que se sucedeu como vamos relatar...
Abrem-se as cortinas, um homem não identificado sai dentre os panos e começa a falar coisas incompreensíveis para a platéia, frases em alguma língua, hebraicas ou árabes, gregas ou latim, ao lado do palco, puxa uma adaga e se mata em frente a todos um som começa a se ouvir percebe-se que é algo de Mozart, talvez o Réquiem ou alguma missa, um anjo ou um ente se aproxima do morto e aparentemente se lamentando muito chora grita.

Com o pecado do homem a Prirmã se liberta.
Aprisionada por séculos. Longos momentos de espera, privações e angustia.
Prirmã dorme em Aurora enquanto uma sombra cruza os corredores, escuta passos e barulho ao Levantar a cela estava so encostada. Vê uma criatura correndo gritando:
Esta livre siga o seu destino
Caminhando pelos corredores repara que três celas já estavam abertas, o silencio toma conta do lugar. Ao sair se depara presa numa enorme tumba.
A noite ela se junta ao nada. Prirmã da às costas aos seus medos o lugar esta vazio so escombros e areia.
Pensou
Onde estariam todas as criaturas? Não entendia sua natureza.
O que teria acontecido?

Estou sozinha. Ninguém poderá me ajudar.
A areia e branda sob seus pés, ela tropeça e desliza. As mãos agarram desajeitadas mente o fino pó.
Dormir, dormir
Existia outro lugar.


O primo rebelado...
Quando acorda do pesadelo. Prirmã estava num lugar desconhecido
Assustada esconde se olhos amendontrados grandes amarelados.
Neblina branca cobre as árvores na escuridão ar puras vento frio sacudindo galhos e folhas
Escuta uma voz do nada
-Todas as noites não tirei os olhos de ti
Pensou
De quem será essa voz?
Não reconhece o falar do primo rebelado.
Calysto sai das sombras. O mais orgulhoso dos anjos, portador da luz tão belo e maldito
-Vem prima, vem, mas perto de mim
Prirmã aproximou se esticaram as mãos, se abraçam sob a palidez da lua
-Que lugar mais belo, onde estamos Calysto?
-Estamos na casa nova do pai, tenho que confessar ele realmente caprichou em sua criação.
-O melhor ainda estar por vim vou te mostrar, venha comigo
Calysto mostra as jóias de Emanuel chamados homem e mulher os dois dormiam embaixo de uma figueira
O que você pretende fazer a respeito disso
Amanhã será a primeira a ver logo que a luz amarelada surgir



Prirmã e o homem.
Passarinhos cantam uma melodia imortal à natureza os animais contemplam a calma de cada espécie
Prirmã acordou com a beleza da vida e suas variadas formas.
Escuta passos algo a abraça
-Ola querida prima como estás nesta primeira manha?
-Sinto-me muito bem como este lugar e lindo
-Vamos dar um passeio, quero lhe mostrar o resto do jardim.
Tão parecidos eram os dois. Caminharam entre tudo que e belo cruzaram o rio, brincaram em suas águas como se o tempo fosse interminável
-Conta me o que pretende fazer com as jóias de Emanuel?
-Todo caminho que me trouxe a qui foi de sangue e espinho Emanuel designou o homem para governar sobre a terra não pude suportar tamanha traição uma situação que insutou a meu prestigio levantei um exercito rebelado para combater sua autoridade. Fui o melhor aluno dele eu seria o governador da terra nunca fui o, mas querido entre os anjos todos sabem sou competente não posso suportar sua afronta destruirei sua bela criação vou começar pela mulher que e a mais fraca logo ela destruirá o homem e o homem envergonhara o pai tu querida testemunhara todo o fim toda vida será sua.
O pecado do homem
Eva saia de um campo de flores
Calysto chamou. A pelo nome e entregou um dos frutos em suas mãos
-Aceite este fruto em nome de uma grande amizade
-Meu pai me proibiu de comer o fruto desta árvore
-Desculpe sou calysto o anjo desiguinado a lhe dar a oportunidade da liberdade e do conhecimento, Precisamos de uma rainha para governar. Se comer todos nos ficaremos a seus pés adoraremos sua beleza experimente e veras algo novo nascer um mundo cheio de possibilidades terá algo maior do que foi dado a Adão quer por acaso ficar sempre a baixo dele?
A flecha a feriu com o seu ferrão céus um novo acesso um furor a inflama, o coração bate agitado curiosidade e a ambição Eva aceita e morde o fruto sobrepôs à voz da razão seus olhos perturbados ver tudo girar em torno dela. Arrebata a loucura
A mente já se recusa a obedecer à razão luta em vão contra um odioso vendaval de ilusão fraca complexada e sem paixão tenta iludir a si própria
Talvez ninguém tenha visto o que eu fiz; seu ato fez nascer à paranóia
Será que alguém alem do anjo teria-me visto comer o fruto?
Sensação de estar sendo observada um mostro terrível a persegue a arrebentando por dentro, destruindo em pedaços
-Culpada, culpada
O clima de desespero pânico aumentado escuta fortes gargalhadas lembra se de adão
-Darei a ele um pouco de meus poderes, viveremos a cima de Emanuel
Supõe ter a adquirido poder ao saborear o fruto
Somente Calysto conheceu a dor que fez Eva berrar com amargor tão forte, remorsos, violência, suor sangrento. Observou tudo atentamente
Pensou
-Ela padece com sua culpa, se der o fruto a adão ele também padecerá deste mal.
A mulher é a serpente
Eva rasteja feito uma serpente atrás de sua presa com um veneno letal ficou horas espiando por trás do arbusto sua vitima dormia com sua inocência invicta ela sai rasteja e lança o veneno
-Adão, Adão. Acorda preciso de você cometi um erro grande comi o fruto
-Eva o que esta falando?Que árvore tu boliste?
-A Árvore da ciência do bem e do mal
Adão tem imediatamente a noção exata de que ela cometeu o grande pecado infringindo o único mandamento imposto por Emanuel ao cria lo logo veio um medo de ficar sozinho novamente na quele lugar. Decide sem exitar partilhar o destino de sua mulher. Comendo o fruto entregue por ela
-Se tu estiveres perdida, eu também estarei prefiro sofrer ao teu lado a permanecer sozinho neste lugar
Algo muda, todas as criaturas da noite se libertam, adão abre os olhos morre sua inocência.

A linguagem sagrada dos anjos.
PARTE 2
-Meu trabalho está completo, ó pai! Devo ir, tenho outros trabalhos a fazer e escuto vozes a chamar-me. Deixe-me ir.
-A desgraça se abate sobre nós. O dia é funesto para a terra. Veja, a miséria chegou entre toda a criação guerras fome abandono é o que enxergo, Todo mal começou. Vá minha amada filha, glória, enfim, tudo está completo, vá.
-Onde está a verdade no que acabaram de ver? O mundo exato nunca está diante dos seus olhos, sua mente lhe engana, sua percepção nunca é o que você acredita ver. Infelizmente, por isso mesmo, nada de tristezas, saudemos o mundo como ele é, brindemos , agüentemos os fardos que nos são dados e sigamos como nossos destinos assistam a comedia, alegrem-se Emanuel
-Estou cheio de suas palavras infame agora não resta outro caminho lhe devolvo ao abismo acabou Calysto
-Bem, o que tenho a vos dizer no momento é isso Só nos resta à fuga, aconteceu a mais gloriosa das vitórias. Deixe-me, comemoram apenas o mal que coloquei em suas vísceras. Como um câncer que vai comê-los até sobrar os ossos, pois no fim eu sempre venço, de uma forma ou de outra esta chorando?
-Some da minha frente maldito.
-Pois lhe digo agora é melhor reinar nas profundezas do inferno do que ser lacaio no céu domínios, tronos, no abismo mais profundo, preso em correntes estou na mais completa escuridão que um divino pode enxergar, sob a ira do Deus absoluto e cruel, depressor, para mim o céu perdido. Virtudes celestiais que se alevantam da queda tão tremenda mais forte, mais terrível que antes dela, Fui ao sucesso afortunado. Não me restou muito, mas a sorte que me coube em partilha, é preciso que eu a suporte. Sei que é inútil lutar contra a força, Não posso calar, nem prosseguir Vai, dizei algo
-Grava bem na memória este acontecimento para nunca mais esquecer o que direi, pois tudo que está acontecendo nada mais é do que o prelúdio de vossas desgraças, o imenso flagelo a qual todos passaram no momento que é agora. Não irá restar muito deste mundo que já está sendo considerado antigo. Foram apenas parte de lembranças esquecidas. Porque ousaste, saia do ninho onde tu escondeste verme miserável?
Na sua loucura foste expulso do céu, Derrota! Sempre derrota. Fica aí humilhado como um mero vagabundo miserável, sem poder nem força, esperado que da minha mesa caia migalhas para alimentá-lo, ó cão sarnento, aqui tens sobras de nossa comida, mendigo sujo.

Bom meus amigos fecha-se as cortinas, pois o resto da historia todos conhecem muito bem, só esqueci um detalhe fundamental Prirmã sempre esteve ali em pleno jardim dentro da árvore da ciência do bem e do mal coube ao homem sua escolha Emanuel criou o jardim e Calysto ofereceu o fruto ao homem.
FIM
Ed.2006, 007, 008, 0011.

O Paraíso Perdido John Milton uma pequena homenagem 1608-1674)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O QUE É O AMOR?

O QUE É O AMOR?

Lindomar fala sobre as coisas do mundo.
Mariana balança a cabeça mesmo sem entender, mas para ela amar é concordar.
Lindomar sorrir ao ver Mariana nua na ponta da cama.
Eis que algo começou a mudar por alguns instantes, as ruas foram sumindo como se alguém com uma borracha viesse apagando tudo, bairros, casas, prédios altos, selva de concreto, pássaros, os cachorros, até João caminhava do outro lado da rua sumiu sem entender nada.
O amor foi varrido das esquinas, veio um vento forte levou Lindomar. Foi então que Mariana olhou para o teto viu o texto se apagar Mariana ficou com frio, pois caiu uma chuva molhou seu rosto borrando a maquiagem, até que ela percebeu que ele não iria mais voltar.
Choro seguido de dor é quando o amor tortura feito um violento estupro, Mariana olha para o céu pede a Deus, implora, grita, tudo virou um drama. Sofre, sofre, sem o texto não podia se comunicar foi então que ouviu alguém falar.
A razão
-O que senti não é amor, você só conhece essa criatura há três semanas não achas prematuras acreditar em palavras doces?
Há, há, há, sei que não vai poder me responder.
Ei não vai cair nessa, vai sofrer novamente lembrasse-se do Pedro, Nunes e o Sinvaldo, já se esqueceu do Junior? Quanta imaturidade perdendo tempo com um tipinho desses olha o cabelo dele parece um porco espinho.
Você conheceu os pais desse tal Lindomar que vives a suspirar? A mãe é uma perua ridícula trata o filho como se fora dela, o pai um bêbado. Pelo amor de Deus!Viu a casa deles? Parecia um castelo de horrores, presta atenção me escute ,vai perder sua liberdade, eu estou no comando sou a razão não se deixe dominar por falsas promessas.
O espírito humano
-Com essa você não contava eu empunho a minha espada sou o espírito humano, dou- lhes o direito de escolha, deixe a pobre mariana com seu amor Lindomar, se encontrar escute as batidas do coração, livre, livre.
A razão
-Maldito espírito humano tinha que aparecer fadinha vestidinha de rosa, que brega, que horror, eu não vou desistir ela terá que me ouvir, suquinho, poesia passeio no pedalinho, roda gigante, cinema agarradinho, vou vomitar, seres humanos são patéticos depois não diga que eu não avisei quando tiver chorando pelos cantos.
O espírito humano
O coração de Mariana começou a lutar tudo em nome do amor, só o amor verdadeiro a libertará das garras de sua consciência: vai cupido aproveite agora lança a flecha, até que ela conseguiu falar.

Mariana
-Quem me dera pudesse lutar, mas não quero, nem quero vencer eu só quero amar e viver dane-se essa minha razão ordinária que espalha a corrupção por todo o meu corpo, só o amor é capaz de derrubar tais pensamentos paranóicos, o meu amor é puro e verdadeiro não posso adivinhar o futuro nem saber qual o mal ou bem que se esconde no coração do meu amado.

Com raiva a razão tenta a ultima cartada.

-Abra os olhos Mariana, quer ser igual a sua mãe? A pobre sofreu nas garras de seu pai, tudo igualzinho casamento por anos de aparência, é de dor seu futuro, isso que ele lhe reserva, apenas dor e solidão não façam essa carinha nem abra esse sorriso, quando os olhos brilham ai já era, malditos sininhos, vou ficar aqui esperando a queda, uma vida frustrada, terás filhos, ficará sempre em casa a esperar por ele em frente à TV comendo pipoca, irá engordar, estrias, celulite...

O espírito humano

-Mais uma vez você perdeu razão maldita nunca derrubara o que o homem tem de bom o coração.

Chegaaaaaaaaa grita Mariana: Sofrer, sofrer...
Der repente depois de ondas gigantes vem à calmaria, o alento, tudo não passou de um pensamento, medo de se apaixonar até que ao olhar o rosto de Lindomar ela resolve mergulhar de cabeça no novo relacionamento.

-Amor o que foi?
Mariana sorrir ao ouvir a voz de Lindomar.
- você ficou parada, muda por alguns instantes.
-Ai, jura que vai me amar para sempre?
-Juro. Agora vamos ao nosso passeio, eu quero te levar na sorveteria que te falei ,gosta de banana ou baunilha?
-Tanto faz, ao seu lado qualquer sabor é bom, o importante é que está aqui comigo.
-Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe.


-Duvido.
-Cala essa boca razão, e vê se some.
-Ai, ai, não precisa agredir, já estou indo.


Ed 2011-03-25