A SEGUNDA MORTE DE SÓCRATES
Ana me ama, seu amor é um risco
De repente a salvação da humanidade
Outro dia ela apontou o revólver na minha direção
Atirou, a bala acertou no quadro que ficava na parede
Ana matou Sócrates pela segunda vez.
O tiro furou o peito, fez um buraco enorme
Ao invés de sangue, a sala se encheu de filosofia
A casa ficou com o tom de harmonia
A educação se espalhou pelo chão subindo pelas paredes
Cobriu o telhado, tomando todo quintal.
Corri, não fui egoísta abri logo o portão
Eu falo com as flores, meu jardim se coloriu de palavras
A filosofia é a cura da alma, o melhor de tudo isso foi o contágio
Em toda cidade curando os males de toda sociedade
-Afonso!
-Sim, professora Ana.
-Dormindo outra vez na minha aula?
-Professora, bem que podia ser verdade.
-Que verdade menino?
-Professora Ana, obrigado por tudo.
-Bom, deixa continuar a minha aula. Como eu dizia antes de ser interrompida...
Ed 2012