sábado, 14 de abril de 2012

A SEGUNDA MORTE DE SÓCRATES

A SEGUNDA MORTE DE SÓCRATES

 Ana me ama, seu amor é um risco
 De repente a salvação da humanidade
 Outro dia ela apontou o revólver na minha direção
 Atirou, a bala acertou no quadro que ficava na parede
 Ana matou Sócrates pela segunda vez.
 O tiro furou o peito, fez um buraco enorme
 Ao invés de sangue, a sala se encheu de filosofia
 A casa ficou com o tom de harmonia
 A educação se espalhou pelo chão subindo pelas paredes
 Cobriu o telhado, tomando todo quintal.
Corri, não fui egoísta abri logo o portão
 Eu falo com as flores, meu jardim se coloriu de palavras
 A filosofia é a cura da alma, o melhor de tudo isso foi o contágio
 Em toda cidade curando os males de toda sociedade
 -Afonso!
-Sim, professora Ana.
-Dormindo outra vez na minha aula?
-Professora, bem que podia ser verdade.
-Que verdade menino?
-Professora Ana, obrigado por tudo.
-Bom, deixa continuar a minha aula. Como eu dizia antes de ser interrompida...

 Ed 2012