quarta-feira, 7 de março de 2012

O garoto que mora dentro de um latão de lixo.


O garoto que mora dentro de um latão de lixo.

Ed.2012
Em alguns minutos esqueci quem eu era, quem eu fui ou quem sou.
Esqueci da minha mãe, filha e namorada.
Esqueci dos bons colégios que estudava.
Esqueci das belas flores que plantava.
Por alguns minutos, frações de segundos.

Eu vivo no latão de lixo, me alimento do lixo
Sou o verdadeiro homem lixo, flagelo humano.

Estou me lembrando, já faz um ano.
A mão, o cachimbo... Algumas tragadas puxadas.
Joguei fora o que eu mais amava.
Minha mãe não quer saber. Me expulsou de casa
Quando minha filha passa, me escondo.
A namorada que eu tanto amava me trocou por outro cara.
Bons colégios de nada me servem na minha triste caminhada.
As belas flores que plantava.
Amanhã enfeitarão o meu caixão que descerá numa cova rasa.

Eu vivo no latão de lixo, me alimento do lixo
Sou o verdadeiro homem lixo, flagelo humano.

Um comentário:

Anônimo disse...

A arte do feio!