quarta-feira, 6 de abril de 2011

Prima de satanás e irmã da humanidade.



PRIRMÃ
Prima de satanás e irmã da humanidade.

Vejam os senhores como o universo metafísico brinca com as suas criaturas humanas decidindo sem nenhum tipo de consulta. Nem querem opinião, todo esse drama se passa em um tempo verdadeiramente longínquo, incompreensível para o ser comum. Talvez haja levado milhões de anos ou um dia para acontecer o que realmente importa é que assim que foi que se sucedeu como vamos relatar...
Abrem-se as cortinas, um homem não identificado sai dentre os panos e começa a falar coisas incompreensíveis para a platéia, frases em alguma língua, hebraicas ou árabes, gregas ou latim, ao lado do palco, puxa uma adaga e se mata em frente a todos um som começa a se ouvir percebe-se que é algo de Mozart, talvez o Réquiem ou alguma missa, um anjo ou um ente se aproxima do morto e aparentemente se lamentando muito chora grita.

Com o pecado do homem a Prirmã se liberta.
Aprisionada por séculos. Longos momentos de espera, privações e angustia.
Prirmã dorme em Aurora enquanto uma sombra cruza os corredores, escuta passos e barulho ao Levantar a cela estava so encostada. Vê uma criatura correndo gritando:
Esta livre siga o seu destino
Caminhando pelos corredores repara que três celas já estavam abertas, o silencio toma conta do lugar. Ao sair se depara presa numa enorme tumba.
A noite ela se junta ao nada. Prirmã da às costas aos seus medos o lugar esta vazio so escombros e areia.
Pensou
Onde estariam todas as criaturas? Não entendia sua natureza.
O que teria acontecido?

Estou sozinha. Ninguém poderá me ajudar.
A areia e branda sob seus pés, ela tropeça e desliza. As mãos agarram desajeitadas mente o fino pó.
Dormir, dormir
Existia outro lugar.


O primo rebelado...
Quando acorda do pesadelo. Prirmã estava num lugar desconhecido
Assustada esconde se olhos amendontrados grandes amarelados.
Neblina branca cobre as árvores na escuridão ar puras vento frio sacudindo galhos e folhas
Escuta uma voz do nada
-Todas as noites não tirei os olhos de ti
Pensou
De quem será essa voz?
Não reconhece o falar do primo rebelado.
Calysto sai das sombras. O mais orgulhoso dos anjos, portador da luz tão belo e maldito
-Vem prima, vem, mas perto de mim
Prirmã aproximou se esticaram as mãos, se abraçam sob a palidez da lua
-Que lugar mais belo, onde estamos Calysto?
-Estamos na casa nova do pai, tenho que confessar ele realmente caprichou em sua criação.
-O melhor ainda estar por vim vou te mostrar, venha comigo
Calysto mostra as jóias de Emanuel chamados homem e mulher os dois dormiam embaixo de uma figueira
O que você pretende fazer a respeito disso
Amanhã será a primeira a ver logo que a luz amarelada surgir



Prirmã e o homem.
Passarinhos cantam uma melodia imortal à natureza os animais contemplam a calma de cada espécie
Prirmã acordou com a beleza da vida e suas variadas formas.
Escuta passos algo a abraça
-Ola querida prima como estás nesta primeira manha?
-Sinto-me muito bem como este lugar e lindo
-Vamos dar um passeio, quero lhe mostrar o resto do jardim.
Tão parecidos eram os dois. Caminharam entre tudo que e belo cruzaram o rio, brincaram em suas águas como se o tempo fosse interminável
-Conta me o que pretende fazer com as jóias de Emanuel?
-Todo caminho que me trouxe a qui foi de sangue e espinho Emanuel designou o homem para governar sobre a terra não pude suportar tamanha traição uma situação que insutou a meu prestigio levantei um exercito rebelado para combater sua autoridade. Fui o melhor aluno dele eu seria o governador da terra nunca fui o, mas querido entre os anjos todos sabem sou competente não posso suportar sua afronta destruirei sua bela criação vou começar pela mulher que e a mais fraca logo ela destruirá o homem e o homem envergonhara o pai tu querida testemunhara todo o fim toda vida será sua.
O pecado do homem
Eva saia de um campo de flores
Calysto chamou. A pelo nome e entregou um dos frutos em suas mãos
-Aceite este fruto em nome de uma grande amizade
-Meu pai me proibiu de comer o fruto desta árvore
-Desculpe sou calysto o anjo desiguinado a lhe dar a oportunidade da liberdade e do conhecimento, Precisamos de uma rainha para governar. Se comer todos nos ficaremos a seus pés adoraremos sua beleza experimente e veras algo novo nascer um mundo cheio de possibilidades terá algo maior do que foi dado a Adão quer por acaso ficar sempre a baixo dele?
A flecha a feriu com o seu ferrão céus um novo acesso um furor a inflama, o coração bate agitado curiosidade e a ambição Eva aceita e morde o fruto sobrepôs à voz da razão seus olhos perturbados ver tudo girar em torno dela. Arrebata a loucura
A mente já se recusa a obedecer à razão luta em vão contra um odioso vendaval de ilusão fraca complexada e sem paixão tenta iludir a si própria
Talvez ninguém tenha visto o que eu fiz; seu ato fez nascer à paranóia
Será que alguém alem do anjo teria-me visto comer o fruto?
Sensação de estar sendo observada um mostro terrível a persegue a arrebentando por dentro, destruindo em pedaços
-Culpada, culpada
O clima de desespero pânico aumentado escuta fortes gargalhadas lembra se de adão
-Darei a ele um pouco de meus poderes, viveremos a cima de Emanuel
Supõe ter a adquirido poder ao saborear o fruto
Somente Calysto conheceu a dor que fez Eva berrar com amargor tão forte, remorsos, violência, suor sangrento. Observou tudo atentamente
Pensou
-Ela padece com sua culpa, se der o fruto a adão ele também padecerá deste mal.
A mulher é a serpente
Eva rasteja feito uma serpente atrás de sua presa com um veneno letal ficou horas espiando por trás do arbusto sua vitima dormia com sua inocência invicta ela sai rasteja e lança o veneno
-Adão, Adão. Acorda preciso de você cometi um erro grande comi o fruto
-Eva o que esta falando?Que árvore tu boliste?
-A Árvore da ciência do bem e do mal
Adão tem imediatamente a noção exata de que ela cometeu o grande pecado infringindo o único mandamento imposto por Emanuel ao cria lo logo veio um medo de ficar sozinho novamente na quele lugar. Decide sem exitar partilhar o destino de sua mulher. Comendo o fruto entregue por ela
-Se tu estiveres perdida, eu também estarei prefiro sofrer ao teu lado a permanecer sozinho neste lugar
Algo muda, todas as criaturas da noite se libertam, adão abre os olhos morre sua inocência.

A linguagem sagrada dos anjos.
PARTE 2
-Meu trabalho está completo, ó pai! Devo ir, tenho outros trabalhos a fazer e escuto vozes a chamar-me. Deixe-me ir.
-A desgraça se abate sobre nós. O dia é funesto para a terra. Veja, a miséria chegou entre toda a criação guerras fome abandono é o que enxergo, Todo mal começou. Vá minha amada filha, glória, enfim, tudo está completo, vá.
-Onde está a verdade no que acabaram de ver? O mundo exato nunca está diante dos seus olhos, sua mente lhe engana, sua percepção nunca é o que você acredita ver. Infelizmente, por isso mesmo, nada de tristezas, saudemos o mundo como ele é, brindemos , agüentemos os fardos que nos são dados e sigamos como nossos destinos assistam a comedia, alegrem-se Emanuel
-Estou cheio de suas palavras infame agora não resta outro caminho lhe devolvo ao abismo acabou Calysto
-Bem, o que tenho a vos dizer no momento é isso Só nos resta à fuga, aconteceu a mais gloriosa das vitórias. Deixe-me, comemoram apenas o mal que coloquei em suas vísceras. Como um câncer que vai comê-los até sobrar os ossos, pois no fim eu sempre venço, de uma forma ou de outra esta chorando?
-Some da minha frente maldito.
-Pois lhe digo agora é melhor reinar nas profundezas do inferno do que ser lacaio no céu domínios, tronos, no abismo mais profundo, preso em correntes estou na mais completa escuridão que um divino pode enxergar, sob a ira do Deus absoluto e cruel, depressor, para mim o céu perdido. Virtudes celestiais que se alevantam da queda tão tremenda mais forte, mais terrível que antes dela, Fui ao sucesso afortunado. Não me restou muito, mas a sorte que me coube em partilha, é preciso que eu a suporte. Sei que é inútil lutar contra a força, Não posso calar, nem prosseguir Vai, dizei algo
-Grava bem na memória este acontecimento para nunca mais esquecer o que direi, pois tudo que está acontecendo nada mais é do que o prelúdio de vossas desgraças, o imenso flagelo a qual todos passaram no momento que é agora. Não irá restar muito deste mundo que já está sendo considerado antigo. Foram apenas parte de lembranças esquecidas. Porque ousaste, saia do ninho onde tu escondeste verme miserável?
Na sua loucura foste expulso do céu, Derrota! Sempre derrota. Fica aí humilhado como um mero vagabundo miserável, sem poder nem força, esperado que da minha mesa caia migalhas para alimentá-lo, ó cão sarnento, aqui tens sobras de nossa comida, mendigo sujo.

Bom meus amigos fecha-se as cortinas, pois o resto da historia todos conhecem muito bem, só esqueci um detalhe fundamental Prirmã sempre esteve ali em pleno jardim dentro da árvore da ciência do bem e do mal coube ao homem sua escolha Emanuel criou o jardim e Calysto ofereceu o fruto ao homem.
FIM
Ed.2006, 007, 008, 0011.

O Paraíso Perdido John Milton uma pequena homenagem 1608-1674)

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