sexta-feira, 1 de abril de 2011

O QUE É O AMOR?

O QUE É O AMOR?

Lindomar fala sobre as coisas do mundo.
Mariana balança a cabeça mesmo sem entender, mas para ela amar é concordar.
Lindomar sorrir ao ver Mariana nua na ponta da cama.
Eis que algo começou a mudar por alguns instantes, as ruas foram sumindo como se alguém com uma borracha viesse apagando tudo, bairros, casas, prédios altos, selva de concreto, pássaros, os cachorros, até João caminhava do outro lado da rua sumiu sem entender nada.
O amor foi varrido das esquinas, veio um vento forte levou Lindomar. Foi então que Mariana olhou para o teto viu o texto se apagar Mariana ficou com frio, pois caiu uma chuva molhou seu rosto borrando a maquiagem, até que ela percebeu que ele não iria mais voltar.
Choro seguido de dor é quando o amor tortura feito um violento estupro, Mariana olha para o céu pede a Deus, implora, grita, tudo virou um drama. Sofre, sofre, sem o texto não podia se comunicar foi então que ouviu alguém falar.
A razão
-O que senti não é amor, você só conhece essa criatura há três semanas não achas prematuras acreditar em palavras doces?
Há, há, há, sei que não vai poder me responder.
Ei não vai cair nessa, vai sofrer novamente lembrasse-se do Pedro, Nunes e o Sinvaldo, já se esqueceu do Junior? Quanta imaturidade perdendo tempo com um tipinho desses olha o cabelo dele parece um porco espinho.
Você conheceu os pais desse tal Lindomar que vives a suspirar? A mãe é uma perua ridícula trata o filho como se fora dela, o pai um bêbado. Pelo amor de Deus!Viu a casa deles? Parecia um castelo de horrores, presta atenção me escute ,vai perder sua liberdade, eu estou no comando sou a razão não se deixe dominar por falsas promessas.
O espírito humano
-Com essa você não contava eu empunho a minha espada sou o espírito humano, dou- lhes o direito de escolha, deixe a pobre mariana com seu amor Lindomar, se encontrar escute as batidas do coração, livre, livre.
A razão
-Maldito espírito humano tinha que aparecer fadinha vestidinha de rosa, que brega, que horror, eu não vou desistir ela terá que me ouvir, suquinho, poesia passeio no pedalinho, roda gigante, cinema agarradinho, vou vomitar, seres humanos são patéticos depois não diga que eu não avisei quando tiver chorando pelos cantos.
O espírito humano
O coração de Mariana começou a lutar tudo em nome do amor, só o amor verdadeiro a libertará das garras de sua consciência: vai cupido aproveite agora lança a flecha, até que ela conseguiu falar.

Mariana
-Quem me dera pudesse lutar, mas não quero, nem quero vencer eu só quero amar e viver dane-se essa minha razão ordinária que espalha a corrupção por todo o meu corpo, só o amor é capaz de derrubar tais pensamentos paranóicos, o meu amor é puro e verdadeiro não posso adivinhar o futuro nem saber qual o mal ou bem que se esconde no coração do meu amado.

Com raiva a razão tenta a ultima cartada.

-Abra os olhos Mariana, quer ser igual a sua mãe? A pobre sofreu nas garras de seu pai, tudo igualzinho casamento por anos de aparência, é de dor seu futuro, isso que ele lhe reserva, apenas dor e solidão não façam essa carinha nem abra esse sorriso, quando os olhos brilham ai já era, malditos sininhos, vou ficar aqui esperando a queda, uma vida frustrada, terás filhos, ficará sempre em casa a esperar por ele em frente à TV comendo pipoca, irá engordar, estrias, celulite...

O espírito humano

-Mais uma vez você perdeu razão maldita nunca derrubara o que o homem tem de bom o coração.

Chegaaaaaaaaa grita Mariana: Sofrer, sofrer...
Der repente depois de ondas gigantes vem à calmaria, o alento, tudo não passou de um pensamento, medo de se apaixonar até que ao olhar o rosto de Lindomar ela resolve mergulhar de cabeça no novo relacionamento.

-Amor o que foi?
Mariana sorrir ao ouvir a voz de Lindomar.
- você ficou parada, muda por alguns instantes.
-Ai, jura que vai me amar para sempre?
-Juro. Agora vamos ao nosso passeio, eu quero te levar na sorveteria que te falei ,gosta de banana ou baunilha?
-Tanto faz, ao seu lado qualquer sabor é bom, o importante é que está aqui comigo.
-Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe.


-Duvido.
-Cala essa boca razão, e vê se some.
-Ai, ai, não precisa agredir, já estou indo.


Ed 2011-03-25

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